Uma idéia que virou realidade...

Pessoal,

Como todos sabem, pelo menos aqueles que me conhecem, sou apaixonado pela temática ambiental. E após muito refletir, decidi criar este blog para expor minha idéias e tentar divulgar notícias, inovações nesta área, e claro, opiniões e análises críticas do que vem ocorrendo no mundo da sustentabilidade.

Peço que comentem, sugiram assuntos, critiquem, enfim, que este seja um espaço para discutirmos os mais variados assuntos.

Beijos e abraços a todos!

Jean Marc Sasson

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Frase da semana

O que há é a cultura do fogo e a situação de impunidade. Não houve nestas áreas qualquer raio, meteoro ou queda de pedaços de satélite, que poderiam causar incêndios. O resultado das queimadas são acidentes nas estradas provocados por fumaça, problemas de saúde na população e emissão de poluentes, o que acaba fazendo com que o Brasil contribua para os problemas climáticos mundiais(Alberto Setzer, pesquisador do Inpe e coordenador do monitoramento de queimadas no O globo em 28/09/2011)

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Coluna Ambiente Energia de 26/09/2011 - garrafa PET x garrafa de vidro


Por Jean Marc Sasson* - Quando pensamos em embalagem de refrigerantes, o que seria ambientalmente mais correto: a garrafa PET ou a garrafa de vidro. Dúvidas não faltam. É uma questão relativa que merece uma análise mais detalhada e crítica.
Até o início da década de 1990, as garrafas de vidro eram facilmente encontradas nos principais supermercados brasileiros. Contudo, com o advento da garrafa PET, as garrafas de vidro desapareceram do mercado, retornando, agora, com força total. Para se ter uma ideia, em 2000, a Coca-Cola, uma das maiores empresas deste setor, disponibilizava apenas um modelo de vidro no Brasil. Hoje já são mais de sete modelos e investimentos cada vez maiores neste tipo de embalagem.
Essa não é uma discussão inútil sob a ótica de sermos o país no topo do ranking dos maiores consumidores de refrigerantes per capita anuais com 487 copos, superando os Estados Unidos com 436 copos. Deste total, segundo dados de dezembro de 2006, da Associação das Indústrias de Refrigerantes (Abir), em todo o mercado brasileiro de refrigerantes, o vidro participa com 12,3%, as embalagens PET dominam com 79,8%, enquanto as latas ficam com apenas 7,9%.
Em paralelo, foi traçado o perfil de consumo brasileiro. Os consumidores da classe A e B preferem a conveniência ao optarem pelas latas e garrafas PET. Já as classes C e D optam pelo baixo custo do produto, sendo a embalagem de vidro retornável a preferida.
Assim, diante de números tão expressivos, é importante identificar qual seria a melhor garrafa na perspectiva ambiental e econômica. Para isso, utilizarei uma ferramenta fundamental, a análise do ciclo de vida do produto. Analisa-se desde a extração de recursos naturais até o consumo final, passando, claro, pela logística do processo. Não podemos nos ater apenas ao aspecto ambiental de qualquer produto. Para que um produto seja comercializado, ele tem de ser primeiramente economicamente viável. Tanto uma como a outra embalagem são viáveis. Portanto, vou me ater somente aos aspectos ambientais.
No primeiro momento do ciclo de vida, devemos analisar a utilização de recursos naturais na obtenção da matéria-prima. O vidro é composto basicamente por areia, calcário, barrilha, alumina, corantes e descorantes. Em sua maioria são elementos facilmente encontrados na natureza e, em parte, renováveis. Já a garrafa PET é feita basicamente de plástico, derivado do petróleo, fonte não renovável e emitente de gases de efeito estufa. Neste aspecto, pode-se dizer que a garrafa de vidro é melhor opção que a de plástico.
Na segunda fase, na fabricação das garrafas, independente da composição de que são feitas, a emissão de gases de efeito estufa e a utilização de energia e de recursos naturais, a longo prazo, serão menores na produção da garrafa de vidro, tendo em vista a possibilidade de serem produzidas apenas uma única vez e reutilizadas até 40 vezes, em média.
Em termos logísticos, acredito que as garrafas PET são as menos impactantes por dois motivos. Primeiro, porque as embalagens descartáveis são mais leves, possuindo a melhor relação peso/conteúdo do mercado. A garrafa PET de dois litros tem em média apenas 47g, enquanto uma garrafa de vidro de um litro para refrigerante pesa 950g. Segundo, elas podem ser comprimidas para estocagem, cabendo no mesmo espaço mais garrafas do que as de vidro. Além disso, as garrafas de vidro, por serem mais pesadas, farão o caminhão emitir mais CO2 para transportá-las, somando-se, ainda, a emissão de CO2 no seu retorno à fábrica.
Contudo, se consideradas distâncias de distribuição de até 400 quilômetros, levando em consideração a matéria-prima, a energia e o combustível consumidos na fabricação, transporte das embalagens e coleta para disposição final, as garrafas de vidro são mais vantajosas no que se refere à emissão de CO2 e aoconsumo de energia.  Esse dado é fundamental se pensarmos que o Brasil é um país continental. Para os centros urbanos cujas distâncias são menores, as garrafas de vidro deveriam ser prioridade. Já para destinos remotos, as de PET teriam sua vez por gastar menos combustível.
Outro ponto a ser analisado no ciclo de vida é a pegada hídrica. Não podemos esquecer um bem tão preciso à humanidade. Para produzir um litro de bebidas em PET, apenas dois litros de água são usados, nos quais incluem a água utilizada para a produção do refrigerante. Já nas garrafas de vidro, utilizam-se até seis litros de água para cada litro produzido em razão da água necessária para a lavagem das garrafas para serem reutilizadas e dos engradados que as transportam.
Por fim, o consumo. Muitos sentem a diferença de sabor, mas não sabem o motivo. Ele é muito superior nas garrafas de vidro. Esta qualidade do refrigerante se dá em razão da quantidade de gás encontrado na garrafa. Como as garrafas PET possuem paredes porosas e permeáveis, parte do gás se perde junto com o sabor e a consistência do refrigerante.
Outro ponto crucial nesta fase é o descarte da embalagem. Em termos de reciclagem, ambos são vantajosos. Tanto o vidro quanto o plástico são materiais 100% recicláveis. Se considerarmos somente o índice de reciclagem, segundo dados de 2008 do relatório de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o campeão absoluto da reciclagem no Brasil é o alumínio com 91,5%. Em seguida, vêm as embalagens PET com 54,8%, enquanto as de vidro vêm se mantendo estável nos últimos anos, com 47% do total em 2008.  Apesar da taxa ser aparentemente baixa, o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking de países recicladores da garrafa PET, com índice de 51%, perdendo apenas para o Japão com 55,5%, segundo dados divulgados pelo Cempre (Compromisso Empresarial para a Reciclagem).
Conclui-se, assim, que 49% das garrafas PET produzidas no país causam impacto ambiental, isto é, cerca de 200 toneladas de PET´s anualmente são lançadas ao mar, rios, lagos, córregos permanecendo ali por no mínimo 400 anos até ser decomposta, quando não são ingeridas por animais. Apesar de o vidro demorar 10 vezes mais para se decompor, eles não causam tanto impacto ambiental por terem outro destino.
O impacto da garrafa de vidro é menor em razão da logística reversa praticada pelas fabricantes de refrigerantes. Elas concedem desconto ao consumidor no ato da compra de um novo produto quando ele retorna com a garrafa em determinados pontos de coleta. Na prática o consumidor paga originalmente não só pelo conteúdo, mas também pela embalagem. Ao retornar com a garrafa vazia e comprando um novo produto pagará somente pelo seu conteúdo.  Este tipo de relação é bom para todos. O fabricante, o consumidor e o meio ambiente saem ganhando.
Sem dúvidas, a retomada das garrafas de vidro pela indústria de refrigerantes é benéfica ao meio ambiente. Contudo, vislumbro outra alternativa. Indicaria como solução a garrafa PET retornável, pois agregaria os melhores valores de cada um dos materiais. Ela seria retornável, evitando novas produções em série de novas garrafas, seria leve contribuindo para menos emissões de gases efeito estufa no seu transporte e alto índice de reciclagem para aquelas que não retornassem.

http://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2011/09/garrafas-pet-x-garrafas-de-vidro/14171

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Eu sugiro!


rocar lixo por desconto na conta de luz. A ideia inovadora se chama Light Recicla, um projeto piloto sustentável de geração de renda, destinado para moradores do Santa Marta, Humaitá e Botafogo. Além de contribuir para a limpeza das ruas e para a saúde pública, o projeto faz bem para a sociedade, o meio ambiente e o planeta. Para aqueles que não moram nessas regiões, é possível participar do Light Recicladoando o desconto para instituições cadastradas da comunidade Santa Marta.
Como participar - Leve a sua conta de luz e seu material reciclável para um dos ecopontos. O seu lixo será pesado e o desconto será calculado conforme o tipo de material. Você receberá um recibo com os valores a serem creditados na sua conta de energia.
Caso queira doar o bônus, não é necessário levar nenhum documento. Ao efetuar a troca de seus resíduos, indique, entre as três opções abaixo, a instituição a ser beneficiada:
· Associação de Moradores do Santa Marta
· ONG Atitude Social
· Escola de Samba G.R.E.S Mocidade Unida do Santa Marta.
Serão aceitos os seguintes materiais para reciclagem: garrafas PET, plástico duro (embalagens de xampu, detergente, margarina etc), plástico filme, CDs, DVDs, papel, metais, vidro, embalagens longa vida e óleo de cozinha.
Não serão aceitos materiais como lâmpadas, pilhas, espelhos e vidros planos, papel carbono ou plastificado, isopor, esponjas de aço, cerâmicas e porcelanas, madeiras, fraldas descartáveis, espumas, óleo lubrificante, cabos e fios, tintas, tecidos, couros e pneus.
Endereços dos ecopontos:
1) Estação 1 do Plano Inclinado do Santa Marta – Av. Marechal Francisco Moura s/n (acesso pela praça Corumbá) – Segundas, quartas e sextas, de 08h00 às 13h00.
2) CRAS Padre Velloso - Rua São Clemente, nº 312 – Botafogo – Terças e quintas, de 08h00 às 13h00.
Para tornar o projeto possível, a Light atua em conjunto com 3E Engenharia, BrasilPet Reciclagem e com a ONG Eccovida. A iniciativa tem o apoio das Secretarias Municipais de Meio Ambiente, Assistência Social, Conservação e Serviços Públicos, Comlurb e UPP Social.

Parabéns Ibama!

Devo meus parabéns ao Ibama. Nem todo o lugar deve ser explorado e nem todo o dinheiro paga certos paraísos.


O Ibama negou licença para a exploração de petróleo no Brasil, o que não acontecia há seis anos. Terminou na noite de quinta-feira um imbróglio que se arrastou durante quase oito anos, quando a empresa americana El Paso Óleo e Gás do Brasil deu início ao processo de licenciamento ambiental para explorar petróleo e gás em águas rasas no Campo de Pinaúna, a 11 km da Ilha de Boipeba, no sul da Bahia. Segundo o Ibama, não há viabilidade ambiental para que o empreendimento aconteça, ainda que a empresa tenha modificado seu projeto original , afastando-o da costa e diminuindo o número de poços e perfurações.
"As modificações efetuadas em relação ao projeto original representaram avanços, mas são claramente insuficientes para compatibilizar a produção de petróleo com a sensibilidade ambiental na região.", diz o relatório que embasou a rejeição da licença.
A Comissão de Avaliação e Aprovação de Licenças Ambientais do Ibama entendeu que por estar a tal proximidade da costa, um potencial vazamento de óleo poderia não ser contido a tempo, já que em oito horas o óleo chegaria à praia, arrasando pelo caminho corais e manguezais. Por outro lado, a região, próxima a Morro de São Paulo, também tem uma fauna marinha que só existe ali e tartarugas marinhas ameaçadas de extinção. E a exploração causaria impactos graves a esse bioma. Além de não apresentar medidas mitigatórias suficientes, o Ibama avaliou que a empresa não explorou a tecnologia de ponta disponível no mundo para minimizar o impacto.
- Nós estimulamos a empresa a melhorar o projeto, ela fez um esforço, mas, mesmo assim, consideramos insuficiente. A empresa não trouxe a melhor tecnologia possível e o empreendimento não é viável ambientalmente - explicou Cristiano Vilardo, coordenador geral de Petróleo e Gás da diretoria de Licenciamento do Ibama.
A empresa é parceira da Petrobras em vários empreendimentos, mas tocaria este, cujo potencial era de extrair 7,5 milhões de m de petróleo e gás (0,7% das reservas brasileiras, tirando o pré-sal), sozinha. No pico da exploração, a empresa retiraria do mar 15 mil barris diários de petróleo.
Empresa venceu concessão em 2000, quando regra era outra
A El Paso ganhou a concessão para explorar a área no ano de 2000, quando a Agência Nacional do Petróleo (ANP) ainda não era obrigada a consultar a área ambiental do governo sobre a fragilidade ou não do local a ser licitado. A empresa pode entrar com um recurso administrativo contra a negativa da licença, mas dificilmente receberá um parecer diferente do Ibama. Outra ação que a El Paso pode tomar é pedir ao governo brasileiro ressarcimento por ter concedido uma área para fazer uma exploração para a qual não obteve autorização do próprio governo.
A última licença para exploração de petróleo negada pelo Ibama ocorreu em junho de 2005, quando a empresa Newfield do Brasil teve de desistir de operar na Bacia do Espírito Santo.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/mat/2011/09/16/ibama-nega-licenca-para-exploracao-da-el-paso-925382819.asp#ixzz1YjEay4Y3 
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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Coluna Ambiente Energia de 12/09/2011 - Resíduos sólidos e Catadores

Por Jean Marc Sasson* - Na coluna sobre biomassa, publicada em 28 de junho, mencionei que hoje uma pessoa produz semanalmente 5 quilos de resíduos ou 40,5 toneladas de lixo produzidos ao longo de 75 anos.
Publiquei ainda que em 2010, o Brasil produziu 61 milhões de toneladas de resíduos, 6,9% a mais do que em 2009. Deste montante, apenas 57,6% teve destinação adequada e os 42,4% restantes foram diretamente para o lixão.
Assim, com o advento da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305/2010, determinou-se que até 2014 os municípios exterminem os seus lixões. Contudo, após ler os dados do DCI (dci.com.br), percebi que esta meta é quase inalcançável. Segundo o site informativo, 63% dos municípios brasileiros enviam seus resíduos sólidos para lixões, o que contribui para a contaminação do solo e da águas subterrâneas, enquanto apenas 27,68% dão a destinação correta, enviando para aterros sanitários.
Além disso, quando se fala em reaproveitamento dos resíduos, os índices são ainda piores: 59,3% dos municípios não têm sistema de coleta seletiva.  Apenas 3,79% dos municípios têm unidade de compostagem de resíduos orgânicos, 11,56% possuem sistema de triagem de resíduos recicláveis, e 0,61% têm unidade de tratamento por incineração; 70% dos municípios possuem catadores de lixo e materiais recicláveis, mas em 79% das cidades a categoria não tem organização oficial.
Destes índices todos o que me chama mais atenção é o percentual de municípios com catadores. Se pensarmos que o Brasil tem 5.561 municípios, teríamos 3.893 municípios com catadores de lixo. Apesar de o Brasil serv considerado um país emergente, tem ainda 8,5% da sua população abaixo da linha da pobreza. De fato, isso contribui para a existência dos catadores. Mas acredito que a educação e conscientização ambiental é o principal fator.
A verdade é que diante de números insólitos, os catadores adquirem fundamental importância no sistema de reciclagem atual. São eles que se lançam no ambiente urbano em busca de materiais recicláveis. São eles que separam, em meio a montanhas de resíduos nos lixões e em condições desumanas, o que pode ou não ser reciclado.
Embora eu me preocupe e busque informações a respeito de ações socioambientais, só fui perceber a verdadeira realidade destes indivíduos após ver o excelente documentário Lixo Extraordinário, postulante ao Oscar. Nele o artista plástico Vik Muniz conseguiu demonstrar veementemente a vida e as situações cotidianas vividas por estes catadores, além da importância destas pessoas no processo de reciclagem no lixão de Gramacho, no Rio de Janeiro, o maior lixão da América Latina e um dos maiores do mundo.
Infelizmente elas não estão ali pela consciência ambiental, e sim por ser a única fonte de renda. Os cerca de 5 mil catadores de Jardim Gramacho, segundo a prefeitura de Caxias (RJ), possuem uma renda mensal de R$ 680, podendo os mais experientes superar R$ 1 mil por mês. Por esta razão, eles temem não ter como sobreviver após 2014. O lixo é a sua única fonte de renda. Mas do que nunca, a associação será fundamental neste processo.
Hoje o resíduo sólido é um dos piores problemas urbanos. Mas ele é também uma solução. Não por ser uma fonte energética. Mas continuando a ser a fonte de renda destes catadores.
Neste processo de mudança de implantação de aterros sanitários, não haverá prejuízo à reciclagem. Pelo contrário. A reciclagem e o trabalho dos catadores adquirirão um papel ainda mais forte. O resíduo antes de ser depositado no aterro sanitário passará por um processo de triagem. Continuarão a separar os materiais recicláveis. O rejeito, aquilo que não puder ser reciclado, irá para o aterro sanitário ou poderá ser incinerado.
Para isso, os catadores deverão ser treinados e capacitados, como, por exemplo, a manusear corretamente os resíduos, conscientizá-los da importância ambiental do trabalho, e porque não, educá-los. Ensiná-los a ler e escrever. Aproveitar este processo de transformação social que incluirá um ambiente de trabalho substancialmente mais salubre do que os atuais. Fornecimento de equipamentos e vestimentas adequadas à função exercida. Formalização desta força trabalhista, obtendo carteira de trabalho assinada e demais direitos trabalhistas.
Infelizmente, nem todos os catadores deverão ser absorvidos. Em razão disso, não há duvidas que problemas sociais surgirão. Ausência de renda e educação é um passo para a marginalidade. É por isso que quando falamos em sustentabilidade os tripés devem sempre estar juntos. O ambiental está estritamente ligado aos fatores econômico e social. Políticas sociais deverão estar presentes nestes próximos anos para evitar problemas colaterais e o aumento da pobreza. Acredito que o bolsa família resolveria parte destes problemas.
Com certeza, você, diante do seu computador, e eu não sabemos a verdadeiramente a dificuldade que estes catadores enfrentam. É uma realidade muito distante da nossa. É certo, porém, que este nicho foi criado diante do acúmulo de resíduos urbanos despejados por nós e a ausência de políticas socioambientais públicas. Apesar disso tudo, acredito que estamos no caminho certo. A lei foi criada, lixões serão extintos, os resíduos ganharão a destinação correta e nós um meio Aabiente melhor.
)https://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2011/09/residuos-solidos-reciclagem-e-catadores/13839

Sustentabilidade não é só ambiental.

Podemos ver nesta medida que a sustentabilidade não é só o fator ambiental. Tem de ser valorizado também a parte econômica e social. Ao direcionar a indenização recebida por danos ambientais para a construção de um lar para idoso, acredito que o MP acertou na mosca!
Parabéns!


MPMT - Indenização por danos ambientais será destinada à construção de abrigo para idosos

Como parte do pagamento de indenização, em virtude de danos causados ao meio ambiente, a empresa Urupianga Agropecuária S.A assinou um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público do Estado de Mato Grosso para construção de um abrigo para idosos no município de Vila Rica. O projeto civil e arquitetônico deverá ser apresentado no prazo de 45 dias.

De acordo com o promotor de Justiça João Batista de Oliveira, a empresa agropecuária deverá destinar R$ 80 mil para a construção do abrigo. O valor será doado em duas parcelas de R$ 10 mil e uma de R$ 60 mil. A totalização do repasse deve ocorrer até fevereiro de 2012. A aplicação do recurso ficará a cargo da Associação Beneficente e Comunitária de Vila Rica (ABCVIR), que também assinou o acordo extrajudicial com o MPE.

Consta no TAC que, após o início das obras, a cada 30 dias, a associação deverá prestar contas sobre as despesas efetuadas com os devidos comprovantes à Promotoria de Justiça do Município. O descumprimento da referida cláusula implicará na possibilidade de responsabilidade civil e criminal.

Conforme o representante do MPE, além da construção do abrigo, a empresa agropecuária também deverá apresentar, no prazo de seis meses, o Cadastro Ambiental Rural (CAR) devidamente formalizado junto à Secretaria de Estado de Meio Ambiente. O requerimento para obtenção da Licença Ambiental Única (LAU) também deverá ser providenciado.

“A empresa comprometeu-se ainda em doar, condicionada à licença ou autorização da Sema, todo o madeiramento, devidamente beneficiado, que será utilizado na construção do abrigo”, acrescentou o promotor de Justiça.

Segundo ele, o município de Vila Rica, representado pelo prefeito Naftaly Calisto da Silva, também assinou o Termo de Ajustamento de Conduta, comprometendo-se a realizar todo o serviço de terraplanagem no local onde será construído o abrigo até o final do mês de outubro. O município fará ainda a doação de R$ 20 mil para investimento na construção da obra.

“Para cada item do acordo foi estabelecido uma multa, no caso de descumprimento. Importante esclarecer que a celebração do Termo de Compromisso não impede a cobrança ou a execução de eventuais multas lavradas em desfavor dos compromitentes, nem mesmo a fiscalização pelos órgãos competentes. As multas porventura aplicadas e recebidas serão destinadas a projetos sociais e/ou ambientais a serem executados no município de Vila Rica”, informou o promotor de Justiça.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Projeto de Lei simples e incentivador

Criado pelo deputado Washington Reis (PMDB-RJ), a Câmara analisa o Projeto de Lei 917/11, que obriga bares e restaurantes a instalar em suas dependências amassadores de latinhas de alumínio. Segundo o texto, as latas amassadas deverão ser entregues ao serviço público de limpeza urbana ou às cooperativas de catadores sob pena de serem punidos com base na Lei de Crimes Ambientais (9.605/98).Para o deputado, a lei ajudará os catadores, pois latas amassadas têm um volume 20% menor, além disso de estimular a consciência ecológica dos brasileiros e a reciclagem de outros materiais. “Os amassadores têm um custo irrisório e podem ser operados, mesmo em bares e restaurantes, pelos próprios consumidores”, observa o deputado. Ele acrescenta que a reciclagem oferece muitas vantagens, como a economia de energia elétrica e de bauxita utilizada na fabricação de latas, além da geração de empregos.
Projeto de lei simples, barato e inovador.
É disso que estamos precisando Poder Legislativo!