Uma idéia que virou realidade...

Pessoal,

Como todos sabem, pelo menos aqueles que me conhecem, sou apaixonado pela temática ambiental. E após muito refletir, decidi criar este blog para expor minha idéias e tentar divulgar notícias, inovações nesta área, e claro, opiniões e análises críticas do que vem ocorrendo no mundo da sustentabilidade.

Peço que comentem, sugiram assuntos, critiquem, enfim, que este seja um espaço para discutirmos os mais variados assuntos.

Beijos e abraços a todos!

Jean Marc Sasson

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Coluna Ambiente Energia - Gás Natural: Um caminho possível - 26/07/2011

Por Jean Marc Sasson, colunista Ambiente Energia – Em tempos de mudanças climáticas e aquecimento global, a descoberta do Pré-Sal tornou o Brasil detentor de uma das maiores reservas de Petróleo e Gás Natural do mundo. Poderá este fato tornar a matriz energética brasileira, umas das mais limpas do mundo, mais suja?  Será que investir em combustíveis fósseis e em energias não renováveis seria uma alternativa correta frente aos problemas ambientais atuais?
Hipocrisia à parte, não podemos negar que hoje a economia capitalista está fundada no petróleo e seus derivados. Segundo dados da Agência Internacional de Energia (AIE), 89% da energia produzida no mundo é oriunda de fontes não renováveis, como o petróleo, o gás natural e o carvão. Os combustíveis fósseis estão tão arraigados na economia atual que seriam necessários investimentos de três trilhões por ano durante quarenta anos para transformá-la em uma economia sustentável, segundo estudo divulgado pela ONU. Seria utópico acreditar que diante de tantos alardes e do iminente colapso do Meio Ambiente, os combustíveis fósseis seriam facilmente abandonados.
Desta forma, se não pudermos vencer o inimigo, melhor se juntar a ele. Dentre os combustíveis fósseis, o mais limpo é o Gás Natural.  Além de ser utilizado quase in natura, emite menos poluentes que o petróleo e carvão. Sua queima emite baixíssimas quantidades de dióxido de enxofre (SO2) e material particulado – resíduos do processo de combustão – presentes na fumaça. É composto por uma mistura de hidrocarbonetos, com destaque para o metano (CH4), gás de maior influência no efeito estufa, e é encontrado em jazidas ou depósitos subterrâneos, que normalmente estão associados ao petróleo, pois ambas as substâncias têm o mesmo processo de transformação de decomposição da matéria orgânica durante milhares de anos, acumulando-se, assim, no mesmo local. Ainda, de acordo com a lei 9.478/97 (Lei do Petróleo), o gás natural é “a porção do petróleo que existe na fase gasosa ou em solução no óleo, nas condições originais de reservatório, e que permanece no estado gasoso em CNTP (condições normais de temperatura e pressão)”
Não surpreendentemente, o primeiro uso deste combustível ocorreu na China nos séculos XVIII e XIX ao utilizar, de forma ainda rudimentar, os locais de escape de gás natural mineral para construir auto-fornos destinados à cerâmica e metalurgia. Séculos depois, o principal crescimento deste combustível se deu, principalmente, no período pós-guerra até 1960. Nesta época, em razão dos avanços em metalurgia,
técnicas de soldagem e construção de tubos foram instalados milhares de quilômetros de gasodutos. Desde então, o gás natural passou a ser utilizado em grande escala por vários países, dentre os quais podemos destacar os Estados Unidos, Canadá, Japão além da grande maioria dos países europeus, passando a corresponder atualmente, segundo a AIE, à 15,6% da demanda energética global.
Nesta esteira, a União Européia tem a intenção de construir um extenso oleoduto, denominado Nabucco, que em 2017 deverá interligar a Áustria à grandes reservas de gás no Azerbaijão, reduzindo a dependência do bloco em relação à Rússia. O gás natural responde por 23% da geração de energia na União Européia, em comparação com 28% de fontes nucleares e outros 19% oriundos de fontes renováveis de energia, como eólica e solar. Estima-se que se continuar neste ritmo de consumo, segundo a AIE, em 100 anos se esgotaria as fontes mundiais de gás natural.
Mesmo antes da crise no Japão, e da posterior decisão alemã de abandonar a energia nuclear, Bruxelas começou a discutir os investimentos nesta fonte energética. No cerne da discussão estavam o custo, essencial para consumidores e indústria, e as metas ambientais do bloco, tendo em vista a missão de reduzir as emissões de carbono em 80% a 95% até 2050. O custo certamente não seria um entrave. Ronan O’Regan, diretor de energia e eletricidade da consultoria PwC estima que a Alemanha poderá gastar € 3 bilhões para cada mil MW/h de nova capacidade eólica no mar, enquanto uma usina a gás equivalente custaria cerca de € 800 milhões.
No entanto, por certo as metas ambientais impostas não seriam alcançadas. Fora os motivos óbvios de poluição atmosférica, onde se destaca as emissões de óxidos de nitrogênio (NOx), entre os quais o dióxido de nitrogênio (NO2) e o óxido nitroso (N2O), um dos gases contribuintes do aquecimento global e da redução da camada de ozônio, outro grande problema ambiental é a grande dependência de recurso hídrico na produção deste combustível. Há a necessidade de um sistema de resfriamento, cujo fluido refrigerante é normalmente a água. Estima-se que mais de 90% do uso de água de uma central termelétrica podem ser destinados ao sistema de resfriamento, chegando à uma demanda média diária de água de 94 m³.
Haveria, portanto, grande demanda por este recurso e que em função do volume de água captada teria grandes perdas na evaporação e no despejo de efluentes. Não obstante estes indesejados impactos ambientais, a demanda por gás natural está crescendo no Brasil.
Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado houve um consumo médio diário em Maio de 2011 de 47,4 milhões de m³ de gás. Na medida em que cresce a demanda, aumenta a quantidade de novos campos de gás natural descobertos. Nos últimos anos o país vem colecionando descobertas de reservas de gás natural, principalmente as ligadas ao Pré-Sal. Os campos da Bacia de Santos, por exemplo, contêm 20% de gás natural. Segundo estimativas da Petrobrás há um potencial produtivo de cerca de 40 milhões m³/dia, apenas na reserva santista. Há ainda a exploração nas Bacias de São Francisco (Minas Gerais), Solimões (Amazonas) e Parnaíba (Maranhão), indicando um grande potencial produtivo de gás natural. Contudo, no caso destas últimas o potencial produtivo seria de gás não associado, isto é, a produção somente se viabilizará caso haja mercado disposto a pagar um preço capaz de cobrir os custos de produção e transporte do gás natural produzido nestas áreas.
Segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), as reservas provadas hoje no Brasil são de 423.003 milhões m³, enquanto as reservas totais de gás natural são de 824.723 milhões m³. Contudo, isso ainda não é suficiente para suprir a demanda interna. Mesmo após inúmeras descobertas, o Brasil continua dependente do gás importado da Bolívia. Desde 1999 está em operação o gasoduto Brasil-Bolívia com capacidade de transportar 30 milhões m³/ dia, equivalente à demanda da região Sudeste.
A dependência brasileira ao gás boliviano teve seu pior momento em 2006 quando, em razão das crises resultantes da longa disputa entre o Governo Evo Morales e os dirigentes da província de Santa Cruz, a Petrobrás foi obrigada à reduzir o fornecimento para as distribuidoras de gás no Rio de Janeiro e São Paulo. Isso levou a Petrobrás à investir ainda mais na produção nacional e na construção de infra-estrutura de portos para a importação de GNL (Gás Natural Liquefeito).Em fevereiro de 2011, a Petrobras anunciou a construção do Terminal de Regaseificação de Gás Natural Liquefeito da Bahia (TRBA), prevista para operar em março de 2012 no valor de US$ 706 milhões. Esta unidade terá a capacidade para regaseificar 14 milhões m³/dia de gás natural, ampliando a atual capacidade de regaseificação do país para 35 milhões de m³, sem contar o gás importado da Bolívia.
A comercialização de gás natural teve um aumento considerável de 7,23% em relação a 2010. Apesar de o setor automotivo ter tido uma queda de 3,21% em relação a 2010, teve um aumento de em 2,92% em comparação à Abril deste ano em razão da alta do preço do etanol verificada nos últimos meses. O valor do combustível está muito próximo ao da gasolina. Isso fez com que o consumidor voltasse a usar o GNV.
Para se ter uma idéia, no primeiro trimestre de 2011, 6.370 veículos passaram a rodar movidos a gás no estado do Rio de Janeiro, o líder nacional de automóveis movidos à GNV. Conforme dados de abril do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), o Brasil tem 1.680.00 veículos movidos a gás natural, sendo que 750 mil ficam no Rio de Janeiro.
Esse crescimento no Rio de Janeiro se deve principalmente ao incentivo fiscal que o governo estadual concede ao consumidor. Aquele que optar pelo GNV poderá pagar o IPVA com até 75% de desconto. Fora que dos combustíveis disponíveis no mercado é o menos poluente e o mais econômico, com rendimento muito superior ao do álcool e ao da gasolina.
Hoje um kit de conversão de motor para uso de GNV pode ser comprado no valor de R$ 2.179,00. Levando-se em conta que o preço médio nas bombas no início de maio/11 era de R$ 1,698 para o m³ de GNV, de R$ 2,598 para o litro de etanol e de R$ 3,048 o da gasolina, o consumidor que adotar esta modalidade terá um retorno financeiro em até nove meses.
Verificam-se evidências claras que não há hoje, e até a popularização dos carros elétricos, melhor alternativa para combustíveis automotivos do que o gás natural. Contudo para os demais usos de energia, devemos optar, quando possível, pela energia elétrica, principalmente porque nossa matriz energética é limpa e nos oferece diversas fontes limpas e renováveis.
Por ser ambientalista e lutar para preservação do Meio Ambiente, optarei sempre pela opção mais limpa e renovável. Os combustíveis fósseis não se enquadram neste critério. Mas como mencionei, não podemos ser hipócritas e tentar mudar uma economia consolidada num estalar de dedos. O processo é lento e demorado.
Até lá, devemos optar pelas alternativas acessíveis e de preferência por aquelas que sejam menos impactantes. O gás natural não é limpo e tampouco renovável. Mas é hoje, sem dúvidas, o melhor em comparação aos demais combustíveis fósseis.
* Jean Marc Sasson é advogado com especialização em gestão ambiental pela COPPE/UFRJ. O colunista também é editor do blog Verdejando (www.verdejeando.blogspot.com)

terça-feira, 26 de julho de 2011

Parabéns Governo mineiro

Quero registrar minha felicidade em ver um projeto como o do governo mineiro na construção do Mineirão. É um projeto totalmente sustentável.

Resposanbilidades ambientais como essa, deveriam serviri como modelo!

Parabéns!

Segue o link do vídeo que mostra o projeto.

http://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2011/07/copa-2014-um-gol-de-sustentabilidade/12541

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Ajuda contra a fome

Após o ditador da Somália, país conhecido por seus piratas, dizer que ninguém no país passava fome e que todas notícias não passavam de uma propaganda enganosa, a ONU aprovou ajuda de 500 milhões de dólares à vítimas de fome, entre elas a que moram na Somália.

Quem está certo??????

Prefiro acreditar que a ONU esteja...

sexta-feira, 22 de julho de 2011

ONU

Segundo a ONU, mudanças climáticas passaram a ser ameaça à Segurança Internacional e à Paz. Assim, deverá ter atenção do Conselho de Segurança.
Ótima notícia.
Mas se julgar por quem encabeça o conselho(EUA e China) acredito que não haverá alteração do quadro atual.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Se a moda pega...

Notebook cuaj bateria é recarregada através da eletrólise, utilizando as moléculas de hidrogênio da água.
Ao invés de se utilizar energia, utiliza a água, liberando as moléculas de oxigênio.
É um método limpo e rápido.
Parabéns pela criação do Plantbook, Srs. Seunggl Baek e Hyerim Kim!!!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Energia Eólica no Brasil

O Brasil alcançou pela primeira vez, em junho, a potência de 1 gigawatt (GW) de energia elétrica gerada nos parques eólicos instalados, principalmente, nas regiões Nordeste e Sul do país. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), o potencial, suficiente para abastecer uma cidade com população com 1,5 milhão de habitantes, é proveniente do funcionamento de 51 parques eólicos, distribuídos por nove estados.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Coluna Ambiente Energia - Energia eólica - 11/07/2011

Por Jean Marc Sasson, colunista Ambiente Energia - Diante da demanda energética mundial, a energia eólica aparece atualmente como uma das principais alternativas em termos de energia renovável e limpa, principalmente para os países com escassos recursos naturais, como uma malha hidráulica extensa, por exemplo. Seu nome tem origem no latim aeolicus, pertencente ou relativo a Éolo, deus dos ventos na mitologia grega e, portanto, pertencente ou relativo ao vento. Poucos se recordam, mas ela é utilizada desde a antiguidade, principalmente no período das grandes embarcações. O vento era utilizado como principal combustível de exploradores, como Pedro Álvares Cabral que não seria capaz de descobrir o Brasil sem a propulsão provocada pelos ventos.
Atualmente, a energia é produzida no movimento de hélices ou aerogeradores que são grandes turbinas que quando movimentadas pelo vento produzem energia cinética que por sua vez é transformada em energia elétrica. O ideal, para produzir grandes quantidades de energia, é ter o maior cumprimento de hélices possível, além de instalar as turbinas em locais com grande regularidade vento. Não obteria o mesmo rendimento se fossem instalas em locais onde há tornados, isto é, com grande intensidade de vento. O importante na produção de energia eólica é a regularidade e não a intensidade.
Para ser rentável, devem-se construir parques eólicos, mas a construção isolada é viável em localidades remotas e distantes da rede de transmissão. Os parques têm sido alvos de grandes investimentos pela indústria de energias renováveis e até mesmo da gigante Google que pretende instalar na costa americana do Atlântico uma usina offshore com capacidade de produção semelhante à soma de duas grandes usinas hidrelétricas brasileiras Santo Antonio e Jirau, localizadas no rio Madeira em Rondônia, no valor de 6.000 MW. Onde será instalada, a chamada Mid-Atlantic Cost, há a capacidade de produzir quatro vezes a energia elétrica produzida em nossa maior hidrelétrica Itaipú, gerando notáveis 60.000 MW. Isso demonstra o grande potencial e importância que este tipo de energia está adquirindo mundialmente, sendo uma das principais formas de diversificação da matriz energética em vários países.
Segundo dados divulgados em fevereiro deste ano pelo Conselho Global de Energia Eólica (GWEC), a capacidade instalada atualmente no mundo é de aproximadamente 196,6 GW, sendo que apenas em 2010 foram instaladas 37,6 GW, representando um investimento de 40 milhões de euros. Essa capacidade gera cerca de 430 TWh, suficiente para abastecer 2,5% da demanda mundial por energia. A China foi a maior responsável por este crescimento ao adicionar 16,5 GW a sua capacidade, totalizando agora 42,3 GW, a maior capacidade do mundo, ultrapassando o EUA em potência instalada. Outros países em desenvolvimento, também expandiram sua capacidade de energia eólica. Os países emergentes tiveram relevante participação nesta evolução. A Índia adicionou 2,1 GW de potência em 2010. Brasil e México foram responsáveis pelo acréscimo de 326 MW e 316 MW, respectivamente.
Outros 213 MW foram instalados no Norte de África, em países como Egito, Marrocos e Tunísia, no ano passado.
Em 2020, segundo projeção da GWEC a energia eólica deverá atender 12% da demanda elétrica mundial em 2020, e poderá chegar a 22% desta demanda em 2030. A projeção de que o mundo terá 1 mil GW instalados e em operação em 2020 irá permitir a não emissão de até 1,5 billhão de toneladas de CO2 por ano. No ano 2030, um total de 34 bilhões de toneladas de CO2 poderá ser evitado pelos 2,3 mil GW de capacidade eólica instalada no mundo
Apesar de a China ser hoje, ao lado dos EUA, o maior contribuinte ao aquecimento global e a maior consumidora de energia mundial, estima-se que até 2020, a capacidade instalada de energia eólica na China pode chegar a 230 GW. Isto representa um quarto da capacidade mundial projetada para 2020, de acordo com os dados do China Wind Power Outlook 2010, novo relatório divulgado pelo Greenpeace, o Chinese Renewable Energy Industries Association (CREIA) e a GWEC. Se isso se confirmar, esta base eólica poderia reduzir 410 milhões de toneladas de emissões de CO2, ou a substituição de 150 milhões de toneladas de carvão que o país consome. Para se ter uma idéia, isso corresponde a uma taxa de instalação de novas turbinas na China de uma a cada hora, demonstrando ao mundo suas intenções para tornar sua matriz energética cada vez mais limpa.
Por sua vez, o Brasil está tímido em relação a investimentos nesta área. Apesar de contar com mais de 71 mil Km² do território nacional, em sua quase totalidade no Nordeste, principalmente nas costas do Ceará e Rio Grande do Norte, e na região Sul, na costa do Rio Grande do Sul. As velocidades de vento nestas localidades são superiores a 07 m²/s, propiciando um potencial eólico da ordem de 272 TWh/ano de energia eléctrica. Se pensarmos que consumimos algo em torno de 424 TWh/ano, ou seja, isto significa que poderíamos ter mais da metade de nossa demanda energética suprida pela energia eólica, o que por si só justificaria investimentos maciços nesta tecnologia limpa.
Contudo, ela não representa mais que 1% na matriz energética brasileira Atualmente, são 51 parques eólicos em operação no Brasil que possuem uma capacidade total instalada de 937 MW. Há outros 18 projetos em construção, com mais de 500,8 MW para entrar em operação ao longo de 2011. As autorizações públicas para investimentos em energia eólica cuja construção ainda não foi iniciada já atingem 3.600 MW, distribuídos por 134 projetos.
O maior entrave para novos investimentos em novas centrais eólicas ainda é o preço elevado. A energia gerada por uma central eólica custa entre 60% e 70% a mais que a mesma quantidade gerada por uma usina hidrelétrica. Para obtermos mais investimentos, este preço deveria ficar mais competitivo. Para tanto, poderia haver incentivos fiscais tanto para implantação dos parques, quanto à circulação dos materiais utilizados na construção das usinas eólicas.
Outra desvantagem dessa energia é que, ao contrário da solar e de outras fontes energéticas, a fonte é intermitente. Os ventos são irregulares e não há meios de prever a sua ocorrência. O ideal para uma fonte energética é tê-la 24 horas, aumentando seu rendimento e capacidade de geração energética.
Não obstante o preço pouco competitivo atual e a intermitência dos ventos, a energia eólica, além de beneficiar para o meio ambiente, também está incrementando o desenvolvimento econômico ao gerar mais de 600 mil posições de trabalho em empregos diretos e indiretos. Até 2030, a projeção é de que o número destes empregos cresça para mais de 3 milhões em todo o mundo.
Muitos criticam o impacto sonoro e visual que as turbinas causam e até mesmo o impacto na migração de aves. Mas isso é insignificante frente ao potencial de geração de energia limpa e renovável. É um alento observar claramente esta tendência mundial de investimento, principalmente dos países mais poluidores como China e EUA. O Brasil está crescendo, mas ainda não é suficiente. Deveríamos explorar nosso grande potencial eólico, ao invés de investir em energia nuclear e até mesmo em hidrelétricas que são mais ambientalmente impactantes.
Que esta tendência não pare de soprar em prol da sustentabilidade.

http://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2011/07/eolica-fonte-de-energia-e-de-empregos/12260

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Alô Senado! O Rio Voador existe!

Pesquisa realizada pelo aviador e ambientalista Gerard Moss, demonstou a existência de "rios voadores" orindos da evaporação de rios e principalmente de árvores, esponsáveis por evaporarem 1000 L de água por dia.
Isso quer dizer que a Amazônia é responsável por 44% do fluxo de chuva no Brasil!
Esse dado demonstra a importância da manutenção deste ecossistema e da luta contra o desmatamento.

O código Florestal podrá afetar esta influência. Pode icentivar o desmatamento.

Senado, preste atenção! Diga não ao Código Florestal!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Coluna EcoDebate - Sacolas Plásticas


No dia 16/07, a Lei estadual do Rio de Janeiro nº 5.502/2009  fará seu primeiro aniversário desde que entrou em vigência. Contudo, neste tempo, não obteve o resultado esperado.
A lei em questão obriga os estabelecimentos comerciais a realizarem a substituição de sacolas plásticas reutilizáveis, isto é, aquelas que sejam confeccionadas em material resistente ao uso continuado, que suportem o acondicionamento e transporte de produtos e mercadorias em geral e que atendam à necessidade dos clientes. As microempresas, pequenas e demais estabelecimentos terão o prazo de três, dois e um ano respectivamente para promover a coleta e a substituição das sacolas. Caso não consigam estabelecer esta mudança no prazo estabelecido, estarão obrigados legalmente a conceder desconto ao consumidor no valor de R$ 0,03 no preço final da compra, valor a ser corrigido regularmente pela inflação ou permutar 1 kg de arroz ou feijão para cada 50 sacos plásticos apresentados por qualquer pessoa.
Segundo a Associação dos Supermercados do Rio de Janeiro (ASSERJ), são usados e descartados por mês, no estado, cerca de 200 milhões de sacos plásticos. A principal função do saco plástico é o acondicionamento doméstico dos resíduos sólidos. Mas esta função também pode ser exercida facilmente pelo jornal, bastando apenas conscientizar a população em modificar este velho hábito, tendo em vista que o jornal levaria apenas 6 meses para se decompor.
O plástico em questão é composto por Polietilenos, Polipropilenos e ou similares, derivados do petróleo, cuja decomposição leva “meros” 400 anos. Alternativas como o chamado plástico ecológico, biodegradável e derivado de alimentos como milho, cana de açúcar, mandioca, etc., apesar de se decompor em três meses, também impacta o Meio Ambiente ao emitir gases de Efeito Estufa e produzir chorume, além de competir na produção de alimentos para a população. Já o oxi-biodegradável que é aquele plástico que recebe um aditivo químico para acelerar seu processo de degradação cuja decomposição é de dezoito meses. Contudo ele não é considerado biodegradável por não atender normas técnicas nacionais e internacionais sobre biodegradação. Ao se decompor divide-se em milhares de partículas plásticas invisíveis a olho nu, virando um pó cuja destinação poderá ser rios, lagos e mares, significando que Seres Humanos e animais poderão beber involuntariamente plástico oxidegradável. Há ainda as sacolas feitas de papel cuja resistência é muito pequena quando molhado e a decomposição é de no máximo quatro semanas.
Diante de diversas possibilidades, não vejo nenhuma melhor que adotar a bolsa retornável. Cada consumidor teria a sua, não necessitando que o estabelecimento conceda as sacolas plásticas.
Outro fator de desestímulo é o valor irrisório de desconto. Convenhamos que o valor de R$ 0,03 é ínfimo e não incentiva o não uso. Para o criador da lei, Carlos Minc, o valor é correto, por ser o valor real da sacola. Se fosse um valor maior, os estabelecimentos comerciais passariam o prejuízo ao consumidor. Que passassem! Acredito que se o consumidor deseje utilizar a sacola plástica deveria pagar para tê-la, semelhante ao que ocorre nos Estados Unidos e Europa cuja população, conscientizada na sua grande maioria, já utiliza sacolas de pano retornáveis sem que haja uma lei para tanto.
Enquanto o Rio de Janeiro incentiva a diminuição do uso da sacola, municípios como Belo Horizonte e São Paulo proibiram o seu uso. No caso de Belo Horizonte, em vigência desde fevereiro de 2011, os estabelecimentos deverão substituir suas sacolas por sacolas ecológicas sob pena de multa de R$ 1000,00, R$ 2000,00 em caso de reincidência e cassação do alvará do estabelecimento. Já São Paulo, a proibição vale a partir de Janeiro de 2012 sob pena prevista na Lei federal de Crimes Ambientais no valor de R$ 50,00 a 50 milhões de reais.
Infelizmente, no Brasil a conscientização da população é realizada apenas a partir de leis proibitivas onde a multa por descumprimento é geralmente alta. Vejam o exemplo do uso de cinto de segurança em automóveis e a Lei Seca. Apenas quando passaram a ter forte fiscalização e multas pesadas, ambas as leis começaram a ser cumpridas e entraram no hábito carioca. Projetos de conscientização para incentivar o uso ou desuso, conforme o caso, nunca são objetos do Poder Público. Inclusive, a lei em tema prevê no artigo 5º a inclusão da conscientização da população acerca dos danos causados pelo material plástico não-biodegradável utilizado em larga escala quando não descartado adequadamente em condições de reciclagem e, também, acerca dos ganhos ambientais da utilização de material não- descartável e não-poluente na Política Estadual de Educação Ambiental, instituída pela Lei nº 3.325/1999.
Por fim, não vejo a sacola plástica como a grande vilã. De certo, há outros meios menos impactantes que a sacola. Mas o grande problema não é a sacola em si, mas sim a sua destinação. Se ela fosse reciclada nos mesmos índices das latas de alumínio, não haveria o questionamento acerca da sua decomposição e preocupação com a contaminação de rios, mares e animais.
O plástico, sobretudo o ecológico, por ser um material resistente é necessário no nosso dia-a-dia. Mas deveria haver uma conscientização sobre o seu uso e sua destinação.Com a reciclagem, estaríamos livres de todos os males provocados pela sacola plástica.