Uma idéia que virou realidade...

Pessoal,

Como todos sabem, pelo menos aqueles que me conhecem, sou apaixonado pela temática ambiental. E após muito refletir, decidi criar este blog para expor minha idéias e tentar divulgar notícias, inovações nesta área, e claro, opiniões e análises críticas do que vem ocorrendo no mundo da sustentabilidade.

Peço que comentem, sugiram assuntos, critiquem, enfim, que este seja um espaço para discutirmos os mais variados assuntos.

Beijos e abraços a todos!

Jean Marc Sasson

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

(R)evolução energética brasileira


Estamos no meio de uma crise energética no Brasil - na verdade já dura a mais de uma década - correndo risco de apagão, por razões conjunturais e estruturais.
Conjuntural porque houve aumento da demanda energética causado pelo aumento do calor na região Sudeste provocado pela permanência de uma massa de ar quente, potencializado pela demanda adicional da classe C no mercado consumidor que aumentou o consumo energético dado seu poder de compra de eletrodomésticos como TV, ar condicionado, geladeira etc. 
Estrutural porque não houve planejamento do Governo Federal que desde 2002, no governo Lula, promove a entrada da Classe C na classe média brasileira através de programas sociais. Paralelamente deveria ter tido um maior investimento à novas fontes energéticas, de preferência limpas, mas houve somente a construção de poucas hidrelétricas - todas no Norte do país, região com grande potencial de conflitos socioambientais - e de termoelétricas - fonte de energia cara e suja.
Diante deste cenário, pergunto-me: Porque não diversificar a matriz energética, investindo em fontes como biomassa, eólica,solar e principalmente em EFICIÊNCIA ENERGÉTICA?
Nesta última semana de fevereiro/14, o custo da energia térmica foi de 822,23 de reais por megawatt-hora (MWh), quase o dobro do valor praticado na última semana de janeiro. Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), o preço da energia oriunda das termoelétricas é oito vezes mais cara do que a produzida em parques eólicos, por exemplo e temos, ainda, 48 parques eólicos que correspondem a 1,2 GW de capacidade instalada e que estão ainda sem linha de transmissão(!!!).
Não há planejamento no Brasil. Quando houver pressão da demanda, recorremos às térmicas e pronto, damos um jeitinho brasileiro, não importando seu custo ambiental e econômico.
Incentivar a eficiência energética com isenções fiscais e sobretudo, delegar à iniciativa privada a gestão d o sistema elétrico traria muito mais benefícios que recorrer às custosas térmicas e obras faraônicas para hidrelétricas.
Sem energia, a Economia não cresce. Sem Economia, o o país não evolui.

2 comentários:

  1. E V. acha que este governo do PR quer isto ? Só quer escravos mudos e surdos !

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  2. Jean, concordo com você. Sou jornalista de formação e especialista em gestão socioambiental aplicada a geração hidrelétrica. Trabalhei por mais de dez anos na Vale, licenciando projetos de geração de energia (hídrica, eólica e termelétrica, principalmente), na tentativa de diversificar a matriz energética da empresa que, em termos individuais, é o maior consumidor de energia elétrica do país. Apesar da morosidade do governo em liberar as licenças (prévia, de instalação e de operação), conseguimos alguns avanços. Entretanto, parece-me que o governo atual (são doze anos de PT) é o maior culpado desa situação. O risco de apagão é conhecido há muito tempo. O que fez o governo para minimizar o risco? Absolutamente nada. Ao contrário. Bem, este assunto é longo, apaixonante, envolvente. Por isso fico por aqui, por enquanto. Abraços

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